Resumo
- Meta pretende lançar um aplicativo separado para o Meta AI no segundo trimestre de 2025.
- A empresa planeja investir US$ 65 bilhões em infraestrutura para IA e considera monetizar o Meta AI com recomendações pagas e um pacote premium.
- No Brasil, o Meta AI chegou em setembro de 2024, após negociações com autoridades sobre privacidade.
O assistente com inteligência artificial Meta AI, presente nos apps da gigante das redes sociais, pode ser lançado como um aplicativo separado no segundo trimestre de 2025. O objetivo seria colocá-lo para competir com ChatGPT, Gemini e outros programas do tipo.
As informações foram obtidas pela CNBC e foram obtidas junto a pessoas com conhecimento do assunto, que pediram anonimato, já que se trata de um projeto confidencial.
ok fine maybe we’ll do a social app https://t.co/663VkHN4qB
— Sam Altman (@sama) February 27, 2025
A Meta não quis comentar o assunto. No X (antigo Twitter), Sam Altman, CEO da OpenAI, fez piada sobre a notícia. “Ok, talvez façamos um app social”, brincou. “Se o Facebook vier atrás da gente e a gente jogar a carta Reverse do Uno, seria tão engraçado.”
A Meta AI foi apresentada oficialmente em setembro de 2023 e está disponível no Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger, além de um site dedicado, que pode ser usado sem login. No Brasil, ela chegou em setembro de 2024, após atritos com autoridades locais por questões de privacidade.
Em uma chamada com investidores, realizada em janeiro de 2025, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, disse que espera que a Meta AI seja a líder entre os assistentes pessoais com IA. O executivo estima que 1 bilhão de pessoas usem ferramentas do tipo em 2025.
Para ser a líder, é de se imaginar que a Meta AI tenha que estar em pé de igualdade com seus concorrentes. ChatGPT, Gemini, Copilot, Perplexity e outros assistentes contam com seus próprios apps para smartphones e, em alguns casos, também para desktops.
Também em janeiro, Zuckerberg concordou com um usuário no Threads, que disse que a Meta deveria criar um app dedicado para sua assistente digital. O usuário sugeriu que o aplicativo seja uma forma de se conectar a diferentes plataformas e dispositivos, além de ter recursos extras, como histórico de conversas e mais personalização.
Como lembra a CNBC, Susan Li, chefe financeira da Meta, disse a analistas e investidores que há “oportunidades muito claras de monetização aqui [na Meta AI] no futuro, incluindo recomendações pagas e um pacote premium”.
Novamente, é algo que as concorrentes já fazem. A OpenAI tem planos pagos que custam a partir de US$ 20 mensais (R$ 117, em conversão direta), por exemplo, e dão acesso a limites maiores de uso, modelos de IA mais potentes e recursos novos.
Além disso, a Meta pretende investir US$ 65 bilhões em infraestrutura computacional para treinar e executar modelos de inteligência artificial.
Com informações da CNBC e The Verge