10 de dezembro de 2008. Essa foi a data do último encontro do RBD com o público brasileiro na nostálgica Tour Adiós, que marcou a despedida do grupo. Tal como terminou, vai recomeçar. Ou quase. O último show foi no Rio de Janeiro, cidade que abre a Soy Rebelde Tour no país.
Só que desta vez, no lugar do Vivo Rio, a apresentação é no gigante Estádio Nilton Santos, o Engenhão, com capacidade para 45 mil pessoas. Anahí, Dulce María, Maite Perroni, Christian Chávez e Christopher Uckermann voltarão ao estádio no dia seguinte. Ambos os shows estão com os ingressos esgotados.
Aliás, os oito shows previstos para o Brasil exibem, orgulhosamente, o cartaz de sold out. Não há mais lugares disponíveis.
Hoje, o quinteto voltará ao palco não como o mesmo de 15 anos atrás. Melhores do que naqueles tempos áureos. E sabe por quê?
Há maturidade e muito mais vontade de fazer o melhor. Uma prova disso é Cerquita de Ti, que pode patinar nos números, mas é uma prova fiel de que o grupo está antenado ao mercado e pode conciliar passado, presente e futuro.
Serão mães e tios quarentões no palco texano. Artistas já veteranos que se dão o direito de fazerem aquilo que querem.
Essa, talvez, seja a grande virtude do reencontro do RBD: ninguém precisava dele.
“Ah, mas vai dar dinheiro e quem não quer dinheiro?”. Óbvio ululante e, como diria Nelson Rodrigues, unanimidades são burras. Tem o dinheiro, mas tem paixão. E a paixão a gente vê nas pulseiras da Anahi, no cabelo da Dulce María, nos detalhes que, dia a dia, transportam os fãs para aqueles tempos.
São muitas as provas de que o RBD se reuniu para faturar, sim. Mas, antes disso, para desfrutar.
Hoje é um dia histórico para o mercado latino, antes de qualquer coisa. Quem trabalha nele sabe que muitos dos fãs da Karol G, por exemplo, são fãs porque um dia cantaram Rebelde. Os fãs do Bad Bunny são fãs porque um dia cantaram Ser o Parecer. Os fãs do Maluma estão aí porque um dia existiu Sálvame. Foi uma geração levando à outra.
O RBD sustentou a evolução desse nicho no Brasil nas duas últimas décadas.
Existimos graças a vocês.