Resumo
- Justiça da Escócia condenou a LG a pagar indenização de 149 mil libras por incêndio causado por LG K8 em 2018.
- Quantia equivale a R$ 950 mil, em conversão direta e sem impostos.
- Perícia concluiu que defeito na bateria do LG K8 causou o incêndio.
- Indenização cobre danos materiais e morais.
A Justiça da Escócia condenou a LG a pagar uma indenização de 149 mil libras (cerca de R$ 950 mil, em conversão direta) a uma mulher cuja casa foi incendiada em 2018. Segundo a decisão, o fogo teve como causa provável um defeito em um smartphone LG K8 (lembra dele?), que estava carregando no momento do incidente.
A condenação foi baseada em uma perícia que apontou a bateria do smartphone da sul-coreana como o ponto de origem da combustão. Além disso, o laudo descartou problemas com outros dois aparelhos que também carregavam no mesmo local, bem como com o carregador utilizado.
Bateria causou o incêndio
O incêndio ocorreu na madrugada de 31 de outubro de 2018, na casa de Denise Parks, em Coatbridge, na Escócia. Ela e o marido acordaram com a casa tomada por fumaça, originada na sala de estar. No sofá, três aparelhos estavam carregando em uma mesma extensão: um notebook Acer Aspire, um Samsung Galaxy S7 e o LG K8.
A análise dos destroços constatou que, enquanto o notebook e o celular da Samsung não apresentavam danos pelo fogo em seus componentes internos, o LG K8 estava completamente consumido. O relatório conjunto dos peritos destacou que a bateria do LG estava estufada, perfurada e com danos internos consistentes com o início de uma combustão.
A investigação também descartou a culpa do carregador, um modelo da HTC, que se mostrou tecnicamente compatível com o celular da LG e não apresentava danos. Com base nessas evidências, o juiz concluiu que o produto não atendeu ao padrão de segurança esperado pelos consumidores, caracterizando um defeito, conforme a Lei de Proteção ao Consumidor do Reino Unido.
O valor da indenização cobre os danos materiais, grande parte destinada a ressarcir a seguradora, e também os danos morais e prejuízos sofridos pela vítima, que teve crises de ansiedade e precisou se afastar do trabalho por três meses.
Brasil teve caso neste ano
O episódio na Escócia lembra incidentes parecidos que já aconteceram no Brasil com aparelhos de outras marcas. Em fevereiro deste ano, um Moto E32 entrou em combustão em Goiás, no bolso de uma consumidora, causando queimaduras de primeiro e segundo graus na vítima. Uma das hipóteses era a de que a bateria teria sido trocada por um componente de má qualidade.
Em outra ocasião, em 2021, um Moto G9 Play pegou fogo no bolso do proprietário, causando queimaduras. Após o episódio, a Motorola e a Casas Bahia foram condenadas a pagar mais de R$ 12 mil em indenização.
Carregadores de celular também podem ser os causadores de problemas. Segundo dados da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), foram registrados 24 incêndios originados pelos equipamentos em 2024.
Com informações de The Register