Imagine o que é ir a um restaurante Michelin e, de repente, um garçom cuspir na sua comida. É uma analogia que cabe em aos fãs do RBD que se aventuram em experiências com os integrantes do grupo aqui no Brasil, em eventos geralmente superfaturados que entregam muito menos do que o valor cobrado.
MIL DUZENDO E CINQUENTA REAIS. Por uma pizza, uma audição, uma foto, e alguns segundos de interação. Além, é claro, de uma boa dose de humilhação. Porque os anos passam, o status do quinteto muda, mas a maneira como as empresas trabalham os cinco membros (individualmente ou em conjunto) segue a mesma: ninguém liga para o sonho, o fã é só o som do dinheiro entrando na conta.
O caso relatado nesta manhã sobre a Fan Experience de Christian Chávez não é isolado. Toda vez que algum deles vem ao Brasil a gente soma valor exorbitante, descaso, estrutura precária, desorganização, maus tratos. O fã do RBD sempre é presenteado com o cuspe na comida cara.
Fã reclama de atraso e do tratamento brusco da produção do evento com Christian Chávez em SP. A Pizza Party, que seria finalizada por volta de 20h40, teve início às 22h, comprometendo seu retorno à cidade de origem, no Mato Grosso do Sul. Em conversa com o LatinPop Brasil, ele… pic.twitter.com/z3HGj6wJzJ
— LatinPop Brasil (@latinpopbr) March 10, 2025
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E sabe o que é pior? Do alto de seus mais de 30 anos, carreiras consolidadas, vidas muito além de Rebelde, eles se submetem. Pagam o que for para estarem ao lado dos ídolos. Até porque, meus caros, temos um método: o fã adolescente cresceu, já pode bancar seus sonhos sozinhos. Por que não explorar o lado idílico do adulto CLT de escala 6×1, não é mesmo? Com a palavra, as produtoras e organizadoras (?) desses eventos, que contratam profissionais despreparados e pouco educados com a premissa de que estão ali para servirem os artistas cansados, cujo cachê é pago exatamente para tal trabalho.
Tudo bem que o Christian Chávez foi um “fofo, super atencioso”, mas meu amor, sinto informar que isso não é mais do que obrigação. E deveria ir muito além: ao perceber a maneira como os fãs estavam sendo tratados, deveria dar um basta. E essa crítica passa muito longe do artista, que de fato pareceu “fofo, super atencioso” em todos os vídeos. O fã do RBD se acostumou ao “parabéns pelo mínimo”.
Só faltava mesmo desembolsar um salário mínimo e ser mal tratado por produção E artista.
Esse círculo é alimentado há anos com a mesma fórmula repugnante de oferecer migalhas em troca de muito dinheiro. Esses eventos acontecem no Brasil dessa forma porque eles (empresários) sabem que o séquito Rebelde é cegamente apaixonado e fiel. E vai continuar acontecendo enquanto o fã de RBD continuar sendo trouxa.
Passou da hora de deixar de ser visto apenas como mina de dinheiro e passar a ser tratado com dignidade e respeito.