O YouTube começou a testar uma “grande novidade” no Shorts (seu rival do TikTok): vídeos longos. Alguns usuários poderão ser agraciados com vídeos com mais de 60 segundos enquanto rolam o feed da ferramenta. O teste do YouTube causa surpresa porque a plataforma já permite vídeos longos no formato tradicional.
A plataforma pode argumentar que uma coisa é um vídeo longo do feed clássico. Você provavelmente está buscando um conteúdo com mais de 5 minutos sobre algum tópico. Outra é um Shorts de 10 minutos na vertical e baseado no seu gosto… Não, espera. Isso também acontece no formato clássico do YouTube ao ver as recomendações.
Os testes foram revelados pelo próprio Google em sua página de suporte. A empresa explica que os vídeos longos dos criadores seguirão recomendados no feed clássico. Para o YouTube, essa proposta ajudará na visibilidade de canais. Aparentemente, os vídeos na horizontal serão exibidos verticalmente.
YouTube copia TikTok que copia o YouTube
Chacrinha estava certo desde os anos 1970: nada se cria, tudo se copia. Apesar da fala se referir ao meio televisivo, ela vale para redes sociais, visual de celulares e outros segmentos do mundo tech. Em janeiro, o TikTok iniciou uma campanha com alguns influencers para eles gravarem vídeos longos na horizontal — igual ao YouTube. Depois veio a opção de vídeos de 60 minutos na plataforma chinesa.
Já o Shorts foi a resposta do Google para a popularização do formato do TikTok, assim como o Reels foi a solução do Instagram para competir com a chinesa. O engraçado é que foi justamente o material curto, rápido de consumir e às vezes objetivo que popularizou o formato.
Uma receita pode ser explicada 1 minuto e 30 segundos, sem precisar de um vídeo de 10 minutos com 30 segundos com publi, piadas e erros de gravação. Assim, buscar uma receita no Reels, Shorts ou TikTok pode ser mais eficiente que o Google ou YouTube.
Depois dessa “grande novidade” em teste no Shorts, será que o YouTube vai copiar o TikTok e pedir que os criadores gravem vídeos longos na horizontal?
Com informações: Android Authority