Resumo
- O YouTube removeu quase 11 mil canais vinculados a campanhas de desinformação de governos estrangeiros, principalmente da China e Rússia.
- As campanhas buscavam influenciar a opinião pública em temas geopolíticos, usando contas falsas para ampliar o alcance.
- O Google destaca o uso de tecnologia e parcerias para combater manipulação e táticas maliciosas na plataforma.
Após apertar o cerco contra vídeos criados por IA, o YouTube anunciou uma nova medida nessa segunda-feira (21/07): a remoção de uma grande rede de canais que estariam associados a campanhas de desinformação promovidas por governos estrangeiros.
As operações estavam majoritariamente ligadas a entidades da China e da Rússia, segundo relatório do Threat Analysis Group (TAG), do Google. A empresa apontou que muitas contas e vídeos violavam regras da plataforma sobre manipulação e comportamento coordenado.
De acordo com a CNBC, os canais removidos promoviam conteúdos alinhados aos interesses dos governos, na tentativa de influenciar a opinião pública sobre temas geopolíticos e eventos globais.
Como funcionavam as propagandas?
As redes associadas à China e à Rússia propagavam narrativas alinhadas aos interesses de seus respectivos governos. As campanhas criavam contas com aparência autêntica para comentar e interagir em vídeos populares, ampliando artificialmente o alcance das mensagens.
Críticas a Pequim e Moscou eram desacreditadas. Segundo o relatório do Google, embora as ações fossem coordenadas, o engajamento orgânico era limitado, sugerindo o uso predominante de interações artificiais.
As táticas russas incluíam desinformação sobre sanções econômicas e conflitos em andamento, como a guerra na Ucrânia. Já as campanhas chinesas abordavam temas como direitos humanos e política externa, omitindo aspectos desfavoráveis ao governo.
O relatório também apontou a remoção de campanhas contra opositores políticos, associadas a Azerbaijão, Irã, Turquia, Israel, Romênia e Gana.
O que diz o Google?
O Google atribui a iniciativa a investimentos contínuos em tecnologia, inteligência artificial e parcerias com pesquisadores e agências de segurança para combater manipulações e novas táticas maliciosas utilizadas por atores estatais.
A big tech afirma que seguirá divulgando relatórios detalhados sobre as ameaças identificadas, com o objetivo de reforçar a transparência e apoiar a comunidade de cibersegurança no combate à desinformação.
Com informações do Google e CNBC